"GPS europeu" tem dois novos satélites
O lançamento, a bordo de um foguetão russo Soyuz, será feito da base espacial europeia, em Kuru, na Guiana Francesa, às 12:31 GMT (13:31 em Lisboa).
Trata-se do quinto e sexto satélites do sistema de navegação por satélite europeu Galileo, com o qual a União Europeia pretende melhorar serviços essenciais, como a segurança do transporte rodoviário e ferroviário e a capacidade de resposta a situações de emergência.
Segundo a Comissão Europeia, os sinais do Galileo "permitirão aos utilizadores conhecer a sua posição no tempo e no espaço com mais precisão e fiabilidade do que os dos atuais sistemas" de navegação por satélite.
O sistema Galileo "será compatível e até, no caso de alguns dos seus serviços, interoperável com outros sistemas semelhantes existentes", de alcance global, como o norte-americano GPS e o russo GLONASS, "mas será autónomo".
Os primeiros quatro satélites Galileo foram lançados na órbita terrestre em 2011 e 2012, para validar o funcionamento, conforme planeado, do sistema de navegação.
A Comissão Europeia pretende ter uma constelação de 30 satélites ativos em órbita, incluindo seis unidades de emergência, até 2020.
Para concluir a constelação de 30 satélites, a ESA fará, em diante, uma série de lançamentos - dois satélites por cada lançamento de um foguetão Soyuz e quatro satélites por cada lançamento de um foguetão Ariane 5.
Em março, foi inaugurada na ilha de Santa Maria, nos Açores, uma das estações para monitorização do sinal e posição dos satélites Galileo.
A Comissão Europeia estima que o mercado mundial de produtos e serviços de navegação por satélite atinja 237 mil milhões de euros em 2020.
EL (ER) // EL